Mais de 227 mil aprendizes foram contratados no primeiro semestre do ano

Até junho de 2018, o país tinha 430.661 aprendizes em seu mercado de trabalho. O Brasil já contabiliza 3.460.904 aprendizes contratados desde 2005

O Brasil contratou mais de 227 mil jovens por meio da Lei da Aprendizagem Profissional no primeiro semestre do ano. Um balanço apresentado pelo Ministério do Trabalho indica a admissão de 227.626 trabalhadores na condição de aprendizes entre janeiro e junho de 2018. Os estados que mais contrataram foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo a coordenadora-geral de Estágio e Aprendizagem do Ministério do Trabalho, Tatiane Padilha, os dados mostram que o país tem apresentado aumento nas contratações de aprendizes desde a sua criação, mas os números poderiam ser melhores. Ainda é um desafio convencer os empregadores de que contratar aprendiz pode ser vantajoso para as empresas.

“A Aprendizagem Profissional permite aos jovens encontrarem uma primeira oportunidade de trabalho que respeite sua condição de pessoa em desenvolvimento e garanta seus direitos trabalhistas e previdenciários, sem deixar de lhes estimular a continuar os estudos. Ao mesmo tempo, permite às empresas formarem mão de obra qualificada, algo cada vez mais necessário em um cenário econômico em permanente evolução”, destaca Tatiane Padilha.

De acordo com a legislação, todas as empresas de médio e grande portes devem manter em seus quadros de funcionários adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos na modalidade de aprendiz. Para os aprendizes com deficiência não há limite máximo de idade. As cotas variam de 5% a 15% por estabelecimento, excluídas as funções que não entram para o cálculo da cota de aprendizagem. O Brasil já contabiliza 3.460.904 aprendizes contratados desde 2005, quando a lei foi regulamentada pelo Decreto 5598.

Setores e ocupações – Entre os setores que mais contrataram aprendizes no primeiro semestre do ano estão a Indústria da Transformação, com 58.768 admissões, e o comércio, com 57.789. As ocupações com mais oportunidades para os jovens foram as de auxiliar de escritório e assistente administrativo. Mais de 50% de todas as contratações ocorreram nessas áreas. Tiveram destaque também as funções de vendedor do comércio varejista, repositor de mercadoria e mecânico de manutenção de máquinas.

Gênero – Do total de aprendizes contratados no primeiro semestre do ano, 118.520 são do sexo masculino (52,07%) e 109.106 do sexo feminino (47,93%). Em apenas três unidades da federação o número de mulheres contratadas superou o de homens: Amapá, Pernambuco e Rio Grande no Norte.

O Contrato de Aprendizagem é um acordo de trabalho especial, ajustado por escrito, com anotação na carteira de trabalho, e prazo determinado de até dois anos. O aprendiz tem direitos trabalhistas e previdenciários, e sua remuneração é baseada no salário mínimo, mas proporcional ao número de horas cumpridas. A jornada de trabalho permitida é de no máximo seis horas diárias para aqueles que ainda não concluíram o Ensino Fundamental e oito horas diárias para os que já o concluíram.

Ano Aprendizes admitidos
JAN a JUN 2018 227.626
  2017* 386.791
2016 386.773
2015 401.951
2014 404.376
2013 348.381
2012 310.387
2011 264.866
2010 201.097
2009 150.001
2008 134.001
2007 105.959
2006 81.464
2005 57.231
TOTAL 3.460.904
Fonte: RAIS 2005 – 2016 / CAGED 2017 e JAN a JUN 2018 com ajustes*

 

Aprendizes admitidos de JAN a JUN 2018
UF Potencial* Admitidos %
Acre 1.708 395 23,13
Alagoas 8.655 1.366 15,78
Amapá 1.402 208 14,84
Amazonas 11.299 2.933 25,96
Bahia 39.717 9.393 23,65
Ceará 27.612 7.969 28,86
Distrito Federal 18.827 4.958 26,33
Espírito Santo 16.927 4.640 27,41
Goiás 27.124 7.897 29,11
Maranhão 11.013 1.637 14,86
Mato Grosso 17.409 3.486 20,02
Mato Grosso do Sul 13.034 2.539 19,48
Minas Gerais 93.973 21.198 22,56
Para 17.457 4.491 25,73
Paraíba 8.936 3.056 34,20
Paraná 60.953 13.985 22,94
Pernambuco 31.443 6.031 19,18
Piauí 6.895 1.534 22,25
Rio de Janeiro 82.638 21.746 26,31
Rio Grande do Norte 9.433 2.091 22,17
Rio Grande do Sul 65.662 18.724 28,52
Rondônia 5.145 1.561 30,34
Roraima 1.122 424 37,79
Santa Catarina 51.091 16.643 32,58
São Paulo 313.212 65.634 20,96

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

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