O resultado negativo da geração de vagas formais de emprego no estado no mês de junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é fruto de uma série de fatores, segundo avaliação do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
O levantamento do Caged apontou o fechamento de 6,5 mil postos de trabalho no mês de junho no Rio Grande do Sul, sendo que o comércio liderou o ranking negativo, com -2.132 vagas, seguido por agropecuária (-1.857) e indústria de transformação (-1.670).
– Tivemos alguns aspectos que fomentaram esse resultado em junho. A paralisação dos caminhoneiros, iniciada no final de maio e as últimas altas do dólar contribuíram para isso – destaca Vitor Augusto Koch.
O presidente da FCDL-RS ressalta que durante a paralisação os consumidores optaram por priorizar produtos como combustíveis e alimentos para formarem estoques e se resguardarem em relação a uma extensa duração do movimento.
– Com isso, a população transferiu suas prioridades de compra e os reflexos em outros setores da economia foram sentidos. Além disso, a alta do dólar causou impacto no preço, principalmente de produtos importados, como vestuário e acessórios. Mais um fator que implicou em perda de poder de compra e que traz consequências danosas para o comércio – explica Vitor Augusto Koch.
O dirigente acredita que a retomada de indicadores positivos na empregabilidade do Rio Grande do Sul e, em especial, no varejo gaúcho, deve acontecer a partir de setembro.
– O último quadrimestre do ano é o principal período de vendas do varejo e isso reforça a condição para geração de novos postos de trabalho no setor – conclui Vitor Augusto Koch.
Em junho, foram abertos 76.643 postos de trabalho e fechados 83.164 no Rio Grande do Sul, o que determinou o saldo negativo de 6,5 mil vagas formais de emprego. No ranking nacional do Caged, o estado ficou com o segundo pior resultado, apenas atrás do Paraná, que teve saldo de -6,6 mil. Ainda assim, no acumulado de 2018, o RS registra um saldo positivo de 26,3 mil empregos.
Vacaria foi o município gaúcho com o pior resultado no em junho, com -583, vindo a seguir Pelotas (-544) e Novo Hamburgo (-476). Por outro lado, Caxias do Sul (+322), Santa Maria (+169) e Santa Cruz do Sul (+142), registraram números positivos no levantamento.
Apesar de negativo, o indicador de junho deste ano foi menor do que os de anos anteriores. Entre 2014 e 2017, o mesmo período do ano registrou cortes entre 9,5 mil a 14 mil empregos.
Fonte: FCDL/RS
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