A Secretaria Municipal da Saúde, através da Vigilância Epidemiológica realizou uma revisão histórica das últimas duas décadas (1998 a 2017) e constatou a diminuição em 71,5% no número de casos de Hepatite B em Bento Gonçalves. Nos últimos 20 anos, os casos que eram de 46,5% por 100 mil habitantes, caíram para 27,1%. A base de dados é do Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação (SINAN), gerenciado pela Vigilância Municipal.
De 2000 a 2017 o total de casos novos de hepatite B caíram 52,4%, passando de 46 casos para 30 ao ano. Conforme o relatório epidemiológico sobre Hepatites Virais, entre 1998 a 2017 foram notificados 740 casos de hepatite B, residentes em Bento.
Uma das principais mudanças no perfil da hepatite B no Município é a redução de casos diagnosticados nas populações mais jovens. Na década de 2000 – 2009, foram registrados 136 casos em pessoas de 30 a 39 anos, e 120 casos em jovens de 20 a 29 anos. Na década atual, esses números caíram para 57 (redução de 58,1%) e 38 casos (redução de 68,3%), respectivamente. Entre adolescentes menores de 20 anos, essa redução foi de 88,6%, passando de 44 para cinco casos.
Durante o pré-natal, todas as gestantes fazem exames laboratoriais para verificar se estão infectadas pelo vírus da hepatite B. Ele pode ser transmitido e infectar os bebês durante o parto e no período pós-natal.
Em Bento Gonçalves, houve uma redução de 77,8% no número de gestantes diagnosticadas com a infecção pelo HVB: de 108 casos no período de 2000-2009, para 24 de 2010-2017.
A redução do número de casos também fez caírem às taxas de gestantes infectadas: de nove casos, para dois, por cada mil nascidos vivos. O que representou uma redução de 77,2%. “Esse resultado tem grande impacto sobre a saúde das crianças, já que diminui a possibilidade de serem contaminadas após o nascimento”, salienta o coordenador da Vigilância Epidemiológica, José Antônio Rosa.
Um dos principais motivos da queda no número de casos da infecção é a vacinação contra a hepatite B, que desde a sua introdução no calendário vacinal infantil brasileiro no ano de 1998, passou a ser oferecida para uma parcela cada vez maior da população. Em 2001, ela passou a constar no calendário vacinal dos adolescentes, em 2009 para as gestantes, em 2010 para os adultos de 20 a 24 anos, e em 2013 para a população até 49 anos de idade.
O que é a hepatite B?
A hepatite B é uma doença infecciosa causada por um vírus que invade as células do fígado humano provocando a inflamação do órgão e, nos casos mais graves, câncer hepático.
As pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B não têm sintomas da doença, na maioria das vezes. Mas, mesmo sem sintomas, elas são capazes de transmitir o vírus para outras pessoas, por toda a sua vida.
Como a hepatite B é transmitida?
O vírus da hepatite B é encontrado principalmente no sangue e no sêmen humano, e a sua transmissão ocorre através das relações sexuais sem uso de camisinha, e pelo compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas e outros instrumentos contaminados com sangue.
Ele ainda pode ser transmitido no período perinatal, infectando os recém-nascidos.
Diagnóstico da hepatite B
A pessoa só descobre que é portadora dos vírus da hepatite B, quando realiza os exames de sangue para diagnosticar a infecção, geralmente, ao fazer a triagem em uma doação de sangue, durante os exames do pré-natal na gravidez, ou quando os seus parceiros sexuais, ou alguém da família, são diagnosticados com a infecção. A pessoa contaminada é orientada a comunicar seus contatos íntimos e domiciliares sobre a sua infecção, a fim de que eles também sejam investigados. A rede pública de saúde oferece os exames para o diagnóstico da infecção.
Como prevenir a infecção
Para prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B, as pessoas não devem usar, nem compartilhar, objetos contaminados com sangue, como, por exemplo, agulhas, seringas, lâminas, aparelhos de barbear e depilar, alicates e tesouras de unha. Também é essencial usar camisinha nas relações sexuais.
A vacinação ainda é o melhor método para prevenir a infecção. A vacina é oferecida gratuitamente nos postos de saúde.
Acompanhamento e tratamento das hepatites virais
As pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B podem evoluir para a cura da infecção, ou para a cronificação da doença. A única maneira de saber isso é verificando se o vírus ainda está presente no sangue, e avaliando se a função do fígado está alterada.
Para tanto, as pessoas precisam fazer o acompanhamento médico regular da infecção e, quando necessário, iniciar o tratamento com os medicamentos que ajudam a destruir os vírus.
Em Bento Gonçalves, as pessoas infectadas são acompanhadas e tratadas no Serviço de Atendimento Especializado – Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE-CTA) da Secretaria Municipal da Saúde.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social
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