Museu do Imigrante, em Bento Gonçalves, reabre nesta segunda-feira

Fechado desde 2010, o Museu do imigrante reabrirá para o público a partir desta segunda-feira, 27, depois de 6 anos de restauração, incluindo o período de captação de recursos. Revitalizado, o museu integra o “Complexo Cultural Casa das Artes” e está localizado na Rua Herny Hugo Dreher, junto à Praça Ismar Scussel, no bairro Planalto, em Bento Gonçalves.

O Museu do Imigrante abre de terça a sexta, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h. Aos sábados, das 9h às 17h. A entrada é franca.

Uma festa de reinauguração foi realizada à tarde e à noite de sábado, 25, com uma série de atrações culturais e artísticas. Além da Praça, as atividades ocorreram na Rua Coberta e na Casa das Artes. Houve desde sessão de cinema, shows, apresentações, venda de artesanato e até brinquedos infláveis para as crianças. A Rádio Difusora 890 AM esteve presente, transmitindo ao vivo os programas ‘Conexão Difusora’ e ‘Galpão da Mulher Gaúcha’.

Para marcar a inauguração, por volta de 18 horas, uma procissão saiu da Igreja São Bento, em direção ao Museu do imigrante. Integrantes da ‘Famiglia Trentina di Santo Antão’, entoaram cânticos típicos, revivendo a chegada dos imigrantes.

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LEI ROUANET – De acordo com a Fundação Casa das Artes, responsável pelo local, apenas a troca do telhado foi feita com recursos municipais, ainda em 2010. A partir de 2013, por meio da Lei Rouanet, foram captados cerca de R$ 500 mil, impulsionando as obras. Mas foi em setembro de 2015 que o restauro propriamente dito começou de fato. Internamente, o layout sofreu alterações, à medida que a remoção do reboco era feita, aproximando-se da originalidade do prédio. Até banheiros, antes existentes, foram removidos, a fim de seguir as características da casa construída em 1913. Agora, os visitantes podem conhecer um pouco mais sobre como viviam as famílias de imigrantes italianos, que começaram a chegar ao Brasil há 141 anos.

O local tem espaços dedicados a cada ambiente das antigas casas, como o quarto, a sala e a cozinha. Depois da inauguração, o casarão começou sendo sede da Estação de Sericicultura, do Governo do Estado. Após, foi a Escola Agrícola e Zootécnica. A partir dos anos de 1920, o prédio foi repassado para a prefeitura. Nos anos de 1930, foi arrendado pela Sociedade Amigos Planalto, que instalou o anexo de um Hotel. Em 1948, o Estado assumiu novamente a Estação de Sericicultura. Em 1953, um incêndio consumiu boa parte do casarão, restando parte do mobiliário e das louças. Em 1960, a Sociedade Planalto decidiu vender o prédio anexo ao hotel para a prefeitura. De 1960 a 1970, o local serviu de escritório, armazém, hospederias e residência.

Foi apenas em dezembro de 1974, que o imóvel, através de um decreto, começou a ser transformado em museu. A intenção era que ele preservasse a memória coletiva e o patrimônio cultural de Bento Gonçalves e da região. Ele foi aberto ao público em maio de 1975.

FÔLEGO – O processo de tombamento histórico começou em 1987. A regularização ocorreu em 2005, quando ele passou a denominar-se Museu do Imigrante. Em setembro de 2006, o primeiro projeto de restauração foi apresentado, cuja inscrição no Ministério da Cultura (MinC) ocorreu em 2007. Em dezembro de 2008, o ministério aprovou captação de R$ 1.091.153,24 para o restauro e em 2009, parte do prédio foi interditada.

As reformas começaram em 2010, com a troca do telhado. Em 2013, houve captação de quase R$ 500 mil e as obras tomaram novo fôlego, a partir de 2014. Em setembro de 2015, começa o restauro propriamente dito, com prazo de 365 dias para a conclusão da obra.

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